sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O TEATRO DE JOÃO CAETANO – A PRESENÇA DO ATOR NA CENA BRASILEIRA NO SÉCULO XIX

NILTON SANTOS. (JOAO PESSOA, FEVEREIRO DE 2009.)

APRESENTAÇÃO:

O presente artigo visa descrever a presença do ator na cena brasileira através da imagem de João Caetano. Primeiro vamos contextualizar a sua época como forma introdutória e logo mais fazer apontamentos biográficos na tentativa de descrever a personalidade de um dos maiores atores do teatro nacional.

O teatro brasileiro surgiu no século XVI quando o Brasil era colônia de Portugal. Os Jesuítas, com a finalidade de catequizar os índios, trouxeram não só a religião católica, mais também elementos culturais, como a literatura e o teatro. Aliada ao rito festivo e danças indígenas, o primeiro contato com o teatro que os brasileiros conheceram foi a dos portugueses, que tinha um caráter pedagógico baseado na Bíblia. Tendo, o maior responsável pela autoria das peças, o Padre Anchieta.

O teatro realmente nacional só veio se estabilizar em meados do século XIX, quando o Romantismo teve seu início. Gonçalves de Magalhães e Martins Pena foram precursores da dramaturgia nacional, este último através de suas comédias de costumes. Outros nomes de destaque da época foram: o dramaturgo Artur Azevedo, e, França Junior.

Até 1822, proclamação da independência, a maior referencia dramatúrgica era Gil Vicente, com seus autos e farsas. Assim sendo o teatro no Brasil era realizado nas igrejas. O eixo artístico estava limitado e submisso a determinada religiosidade. A partir do século XVII é vem se manifestar as primeiras publicações de um autor nacional, o poeta Manuel Botelho de Oliveira (Bahia, 1636-1711).e assim nos acrescenta Lafayete Silva:

“O que podemos notar neste século é a repercussão do teatro espanhol em nosso país, e a existência de um nome - ligado ao teatro - de destaque: Manuel Botelho. Ele foi o primeiro poeta brasileiro a ter suas obras publicadas, tendo escrito duas comédias em espanhol :Hay amigo para amigo e Amor, Enganos, Celos” (SILVA.1938. p.50)

Segundo Magaldi (1962) Foi somente em meados do século XVIII que as peças teatrais começaram a ser apresentadas com certa freqüência. Palcos eram montados em praças públicas como locais das representações, e, pôr vezes, o palácio de um ou outro governante. Nessa época, era forte a característica do elemento didático no teatro. E uma atividade tão instrutiva acabou pôr merecer ser presenteada com locais fixos para as peças: as chamadas Casas da Ópera ou Casas da Comédia, que começaram a se espalhar pelo país, principalmente com a chegada da família Real e a transferência da corte, assim Dom João Fez Surgir o Real Teatro São João que mais tarde seria chamado São Pedro de Alcântara.

Desta maneira Companhias vieram de Portugal para fixar sede no novo reino, e atores locais começaram a se juntar a essas companhias. Os repertórios eram todos estrangeiros, a declamação era em fora de cantina, e o sotaque era completamente português. A este exemplo figurava a Companhia Oficial do Teatro São Pedro de Alcântara, onde fazia parte o ator João Caetano que começaremos a falar daqui por diante e como se deu seu enaltecimento como ator e como empresário.

Nascido em 1808, na freguesia do sacramento. Em 1827 estréia seu primeiro trabalho para o teatro: O carpinteiro de Livonia. Tendo em sua adolescência o ingresso nas forças armadas imperiais, foi mandado para o sul do País, mais logo abandonou sua carreira para se dedicar à arte dramática. Em seu retorno para o Rio de Janeiro, é na cidade de São João do Itaboraí que João Caetano, mostra suas primeiras aptidões, junto ao teatro particular do senhor Coronel João Hilário de Meneses.

Depois de sua estréia em Itaboraí, João Caetano tomou parte da companhia oficial do Teatro São Pedro de Alcântara, inicialmente desempenhava papeis não muitos importantes, mas já despertava a visão do público para a composição de seus personagens. Na peça O Chapéu de Palha ainda desempenhando um papel muito pequeno, consegue alcançar reconhecimento de mérito, com o feito deste fato, seus companheiros de cena, começaram a demonstrar inveja, que segundo Lafayete Silva (1938) foi a causa de seu afastamento daquela companhia.

Após abandonar o teatro de São Pedro de Alcântara, organizou uma companhia, que faria uso de aluguel do Teatro Valongo, entretanto os artistas Portugueses, da companhia anterior, se mobilizaram contra a autonomia de Caetano, fazendo que o proprietário do teatro do Valongo, quebrasse o termo contratual.

João Caetano Passou pelas as cidades Mangaratiba e Angra dos Reis, tentando encontrar um lugar para sediar sua companhia, mas foi na cidade de Niterói, onde a 2 de dezembro de 1833, inaugurou os trabalhos de sua companhia, com a apresentação da peça: O Príncipe amante de Liberdade, ou a Independência da Escócia. Neste trabalho ganhou reconhecimento do publico e o fez a pensar comercialmente em manter uma companhia fixa.

Dez anos mais tarde veio a tomar contar da administração do teatro São Pedro. Antes desse acontecimento, vários fatores contribuíram para elevar sua gloria enquanto empresário: levou a palco o primeiro drama histórico nacional A inquisição e o Poeta, de autoria de Gonçalves de Magalhães de 1938, que relatava a vida de Antonio Jose, o judeu; fez circular sua companhia no teatro do Rocio, teatro São Januário, não mediando fronteira entre a capital e as cidades próximas, mais precisamente, Niterói. Neste mesmo ano, a quatro de outubro, foi representada pela primeira vez a comédia O juiz de paz da roça, de Martins Pena (1815-1848),. A peça foi o pontapé inicial para a consolidação da comédia de costumes como gênero favorito do público da época. As peças de Martins Pena estavam integradas ao Romantismo, portanto, eram bem recebidas pelo público, cansado do formalismo clássico anterior. O autor é considerado o verdadeiro fundador do teatro nacional, pela quantidade - em quase dez anos, escreveu 28 peças - e qualidade de sua produção. Sua obra, pela grande popularidade que atingiu.

Seu trabalho de ator e empresário começava a chamar a atenção, principalmente pela quebra do padrão do ator português nos palcos brasileiros, até então os atores lusitanos, tinham bastante notoriedade, pela influência da família imperial. Sua vontade teatral vez não só mudar o referencial do ator, como das próprias companhias, que eram todas com formação estrangeira. Sua interpretação era inovadora, e muitos escritores da época relataram sua figura como um homem de genialidade teatral, assim Lafayete Silva, nos fala da citação de Manuel Macedo:

“Era um jovem verdadeiramente elegante, cuja voz tinha poder da musica a exprimir sentimentos e a natureza lhe dera rosto realmente belo” olhos onde radiavam todas as paixões imaginarias. Boca formosa, dentes alvejantes, lindo corpo, perfeitamente talhado e esbelto, voz que era suave e insinuante em sereno sentimento, murmúrio de sonolento e arroio em doçuras, trovão terrível em tempestades de animo, mímica expressiva, músculos faciais trementes”. (MAGALDI. Apud. 1938.p.171)

A esse sentido Sábato Magaldi vem nos dizer em sua obra: Panorama do Teatro Brasileiro, que a declamação de João Caetano vem surpreender o publico da época, justamente pela diferenciação e reforma da arte dramática, “substituindo a monótona cantilena com que os atores recitavam seus papeis, pelo o novo método natural e expressivo, até então desconhecido (entre nós)” (MAGALDI. 1962. P.34)

A busca de uma expressão nacional no teatro se fez a partir do surgimento de dramaturgia mais geográfica, contendo fatores culturais e históricos do Brasil, assim Gonçalves de Magalhães projetou sua obra, como um neologismo na literatura nacional, que no teatro, teve sucesso com a intervenção dramática de Caetano. Como já possuía uma companhia formada por atores brasileiros desde 1833, João Caetano, construiu sua arte dramática próximo ao espírito de contestação de Magalhães.

João Caetano a partir de 1838, começo a circundar com mais freqüência as cidades menores do estado fluminense, onde sua carreira, viria a ganhar grande reconhecimento. Em 1841 montou Otelo, Hamlet,e a Gargalhada, sendo este ultimo texto de menor intensidade artística, mas de boa aceitação popular.

Por diversas vezes o ator sofreu com a locomoção repetitiva da companhia para ocupar casas de espetáculos que não ofereciam estrutura favorável para seus trabalhos, por três vezes em sua historia teatral, o teatro, são Pedro foi consumido por fogo, ficando difícil estabelecer um fluxo de movimentação financeira para um lugar fixo, por isso o ator tinha que estar mudando constantemente de sede. Mas seu empenho de empresário não se deixava abalar com isso, e seu tino empreendedor, o fazia ter visão de procura o público.

Em suas locomoções, segundo Lafayete silva (1938) chegou a embarcar para os estado de Pernambuco, Rio Grande do Sul e Bahia, no sul chegou a montar em menos de sete meses, dezessete espetáculos em companhia das atrizes, Gabriela da Cunha e Josefina Dos santos Miró. Em Pernambuco em 1857 foi responsável pela a reabertura do teatro Santa Isabel, que se encontrava, há mais de ano fechado, no recife, estava cercado de amigos e assim nos fala Lafayete Silva:

“Em companhia da Atriz Gabriela da Cunha, trabalhou ali no Santa Isabel (...)a casa que ocupou no recife vivia sempre cheia de amigos e admiradores, alem das pessoas necessitadas que iam apelar para a generosidade de seus sentimentos. Concedeu benefícios para o Hospital Português de Beneficência e para a Associação Typográfica Pernambucana”(LAFAYETE.1938.p.172)

Em pouco tempo a popularidade de Caetano o fez conhecido em todo território nacional, incansável ensaidor, montou inúmeros espetáculos em pouco tempo, que inclusive veio a abranger instituições beneficentes, como a exemplo do Instituo de Surdos-mudos do Rio de janeiro, com o auxilio do médico E. Heut. Neste trabalho montou espetáculo mímico: O Velho Cabo de Esquadra, de D’Ennery e Dumanoir, onde esse mesmo médico viera mais tarde a elogia-lo publicamente pela grandeza de naturalidade da minúcia e o patético. Os atores participantes desta peça eram todos componentes do instituto, por isso é de grande relevância, destacar João Caetano, como um ator a frente de sua época, pois estas ações só começaram a se tornar mais freqüentes no século XX.

Ainda falando de suas viagens, devemos destacar sua ida a cidade de Lisboa, onde a convite da Sociedade dos Homens de Letras, estreou no teatro Normal A Dama de São Tropez, de autoria de Anicete Bourgeois, tendo ao seu lado a companhia de grandes atores portugueses: Teodorico, Pinto de Campos, Delfina do Espírito Santo, Manuela Rey e Emilia Adelaide, que mais tarde veio para o Brasil.

A companhia de João Caetano era composta por artistas que já tinham determinada vivencia nos palcos brasileiros, dentre estes atores nos vem os nomes de Estela Sezefreda, esposa de João Caetano; Luiza Antonia, filha de estela do primeiro casamento e enteada de Caetano, falecida em pleno sucesso em 1847, quando a companhia, estava no auge; João Antonio da Costa, Principal ator da companhia de pois de João Caetano, Antonina Marquelou, atriz jovem que passou pouco tempo na companhia, pois sua chegada, foi próximo a morte do líder; Miguel Arcanjo de Gusmão, tido como auxiliar de Caetano que mais tarde fundaria sua própria companhia junto da sua esposa a atriz Jesuína Montani, que também era atriz de Caetano; Gertrudes Angélica da Cunha, mãe de Gabriela Cunha, ambas atrizes imponentes da Companhia. Estes nomes foram recolhidos de jornais da época pelo pesquisador Lafayete silva, como também citados no livro de João Caetano: Lições Dramáticas.

João Caetano idealizou a figura do ator brasileiro, por isso muitos escritores, como a exemplo de Manuel Macedo o saúda como o primeiro ator brasileiro, como foi falado anteriormente que as companhias que ocupavam os teatros nacionais eram todas formadas pela maioria de atores portugueses e que os atores brasileiros recebiam figurações ou papel menores. Tendo sido um excepcional ator dentro e fora do palco, tornou-se um ícone do teatro brasileiro, pois sua dedicação, nunca foi tão retrato por historiadores, como a figura deste ator representa.

Em sua época as condições do teatro no Brasil eram muito precárias do ponto de vista dos edifícios e também da produção artística. As obras representadas, em sua maioria eram estrangeiras e principalmente de péssima tradução.

Em seu inicio de carreira nosso ícone Caetano, começou do principio totalmente nulo, zero, levando em consideração sua intuição e sua vontade de fazer teatro, e dissipar a imagem do velho ator declamador, a esse respeito nos diz Magaldi: “ durante três décadas, o trágico encarnou no palco, a imagem brasileira do gênio interpretativo” (MAGALDI. .1962.p.59)

A experiência de ator ou ensaidor de seus espetáculos deu a João Caetano condição intelectual para registrar suas reflexões e vivências da arte dramática em livro. Foram duas distintas obras, que tinham objetivo de nortear o trabalho do ator brasileiro na época: Reflexões Dramáticas (1837) e Lições Dramáticas (1862), que segundo Magaldi:

“As lições Dramáticas não enfeixam um método interpretativo. A soma de exemplos citados, porem, confere ao livro um grande interesse, mesmo para os que leram obras mais modernas do gênero”. (MAGALDI. 1962.p.61)

E ainda:

“O intérprete de hoje, versado nos métodos de Stanislavski, não terá por certo muito o que aproveitar, tecnicamente, com os ensinamentos do nosso trágico. A leitura das Lições proporciona, porém, uma visão da realidade do teatro brasileiro, reconhecível também nos dias atuais e por isso de inestimável valia para uma orientação( MAGALDI.1962.p.59)

Em 1860 faz uma visita ao conservatório Real da França, onde voltou influenciado e organizou no Rio de Janeiro, a Escola de Arte Dramática, que tinha seu curso totalmente gratuito, junto a esta ação promoveu a criação de um júri dramático, que destinava premiar as produções nacionais. Essas ações consolidaram seu nome no teatro nacional, pois foram atos inovadores diante da precariedade artística que o pais sofria.

Nas Lições Dramáticas João Caetano relata: “a arte Dramática é a imitação da natureza, e não a realidade dela” (CAETANO. 1937. p12) com esta afirmação se pode traçar semelhança a poética de Aristóteles, pois o principio é parecido, mas segundo Magaldi (1962)

“Acredita-se que João Caetano não tenha tido a ciência do Paradoxo sobre o comediante de Diderot. Em muitos pontos, contudo, suas lições coincidem com as do grande teórico da arte de representar e da psicologia do ator” (MAGALDI.1962.p60)

Décio de Almeida Prado (1975) fala na biografia de João Caetano de fatos que ele cometeu ainda no inicio de carreira, e que estes fatos eram totalmente guiados pela a emoção. Em cena na peça Os seis Degraus do crime Caetano quase enforcou em a protagonista, pois se identificara com o personagem que fazia e desta forma encarnou o ideal do sentimento com muita energia, mais tarde João Caetano Escreve a esse respeito:

“O publico, conhecendo que eu desvairava, levantou-se gritando esbaforido (...) é porque eu tinha 24 anos de idade e a dama 22; é porque eu era zeloso, e parece-me que o meu coração a amava muito mais como mulher do que como atriz. O que eu acabo de expender prova ainda que, quando não se imita, mas se iguala a natureza, perde a arte” (CAETANO. 1937.p.54).

João Caetano dizia que o ator não podia conter as lagrimas, nem fazer concessões e que devia sempre representar para a parte mais instruída da platéia. Em seu deixado literário Lições dramáticas, ele afirma a importância dos silêncios, da respiração certa, das pausas, do cultivo da voz da expressão corporal, da presença de espírito e de todos os elementos que valoriza o ator como o senhor da cena.

Ao descrever suas experiências em Lições Dramáticas(1862) João Caetano vai antecipar aos estudos da arte do ator moderno, o que Stanislavski escreveria mais tarde, a respeito das influências na caracterização da personagem e na criação de um papel. Assim João Caetano profere que o ator tem a necessidade de estudar os tipos na historia e na sociedade, segundo as suas épocas em esses personagens estavam inseridos; consultar obras de pintores e escultores; buscar estudar a estrutura humana, em consideração ao arquétipo corporal; e, sobretudo observa a vida real, pois dela o ator vai nutrisse pra a concepção da arte dramática. Caetano ainda relata a experiência de um papel que realizou em a Gargalhada de autoria de Jacques Arago, onde fazia um doido, e para buscar influencia foi estudar num hospital.

Vale ressaltar que os atores antigos não desenvolviam este tipo de prática. Não era comum os intérpretes pesquisarem o papel com base na função psicologia da personagem. E categoricamente Caetano falava que a decadência do teatro brasileiro se dava pela a falta de escolas dramáticas e ainda segue dizendo:

“Que os atores que ate hoje têm pisado a cena brasileira tem sido sem exceção de um só, ator de inspiração, e, portanto sem método, sem conhecimentos teóricos da arte, sem escola” (CAETANO. 1937.p.42 )

Para ele o teatro bem dirigido e bem organizado deve constituir um verdadeiro exemplo de educação, capaz de inspirar a mocidade, tão como a moralidade e o patriotismo e os bons costumes. Para isso Caetano estava ultrapassando o modelo de um teatro estético e acrescentando um sentido maior e fundamental de uma arte aliada para construção do social. E defendia o patrocínio do governo como mecenato para a produção teatral, sem isso o empresário não conseguia imaginar outra forma do teatro nacional alcançar um padrão de perfeição que os teatros europeus possuíam.

A dificuldade mais relatada por João Caetano era a pressa com se montava os espetáculos, pois como a limitação do publico, não lotava as casas depois da estréia, pois eram as mesmas pessoas que freqüentavam os teatros, assim era preciso montar as pressas outros espetáculos. Para ele era impossível conseguir estudar um personagem em quinze dias, tempo comum de espetáculo para outro, ele comenta:

“Qualquer ator medíocre dos teatros da Europa reproduz o papel como dotado de grande talento, porque o estudou durante três ou quatro meses, e o reproduziu cinqüenta ou sessenta vezes”[1]

Como empresário teatral, João Caetano enfrentou diversos problemas referente a despesas com elenco e estrutura dos teatros, por inúmeras vezes teve que fazer o itinerário entre o teatro são Pedro e o São Januário, pois por três vezes o Teatro São Pedro, pegou fogo, assim João Caetano tinha que mudar constantemente. Apesar de que em determinados momentos foi ajudado por subvenções governamentais, não era suficiente diante de tanta precariedade, um exemplo disso foi a Escola Dramática, que os professores eram pagos da renda própria do empresário, não houve um procura satisfatória de alunos, pois quase ninguém queria ariscar-se num campo inseguro como o teatro, e os alunos matriculados, em pouco tempo estava desestimulamos, pela falta de visualidade que a profissão mostrava.

A sua companhia levou a cena peças que hoje fazem parte da historia nacional do teatro, entre quais muitas foram estréia, principalmente as de Martins pena, Porto Alegre e Joaquim Norberto de Souza e Silva. Sua figura de ator ficou para posteridade é tanto, ele é nossa primeira referencia como ator brasileiro.

Por finalmente devo acrescentar que o homem de teatro João Caetano, não foi apenas um mero artista incrustado na historia, mais sim um defensor de uma unidade de padrão para o teatro nacional da época. E ainda descrevê-lo como um vulto a frente de seu tempo, pois mesmo antes de Stanislavski desenvolver seu método, João Caetano já Utilizava elementos que o Ator soviético descreveria em seu método mais tarde. Nenhum ator de sua época se importava com formação do artista como ele pensou, nem tão pouco na criação de escolas dramáticas. Sua passagem pela cena brasileira foi totalmente satisfatória para influências de atores posteriores. Dessa forma podemos individualizar nos registros de teatro no Brasil um capitulo particular sobre a arte do ator através de João Caetano

Referências:

CAETANO. João. Lições Dramáticas, ed Eldorado, 1937, Rio de Janeiro.

MAGALDI. Sábato, Panorama do Teatro Brasileiro, DAC-teatro,1962, Brasília DF.

PRADO. Décio de Almeida, João Caetano, Perspectiva, 2ºed, 1975, São Paulo

SILVA. Lafayete, Historia do teatro Brasileiro, Min.educação e saúde, 1938, Rio Janeiro.

www.g.caetano\tatrobr.htm. acessado as 10:30hs do dia20/02/2008

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